segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Menino x Menina



Como citei no post anterior, nós mamães de filhos da mesma idade e diferentes sexos, temos mais um impasse na educação: como separar os sexos sutilmente? Acho errado simplesmente fazer algo pra um e justificar para o outro que este não pode por ser do outro sexo. Mesmo porque pequeninos eles não sabem o que significa ser menino ou menina. A maldade está em nossas cabeças (dos adultos).

Interessante é que li recentemente uma reportagem falando de um casal britânico que criou seu filho como sendo de um "sexo neutro" para não impor leis da sociedade pra ele e revelaram o "segredo" do sexo do menino após 5 anos, após o mesmo ingressar na escola...


Fala sério, desculpa a força de expressão e minha ousadia em querer avaliar a situação, mas assim também pra mim é maluquice! Eu aqui não vestia Rodrigo como menina nem vice-versa, mas também não o repreendia em situações em que ele participava com as irmãs de brincadeiras até então rotuladas de coisas de meninas. Exemplo: nunca comprei uma boneca pra ele, mas nunca o repreendi quando pegava alguma da irmã que estava na caixa de brinquedo e colocava pra dormir, assim como faziam as irmãs e nós mesmo com eles. Pelo amor de Deus, ele tinha menos de 1 ano, ao invés de discernir diferenças sexuais, a criança ficaria frustrada.

Um dia comprei uma porção de enfeites de cabelos para as meninas e nada pra ele e cheguei em casa fazendo a festa e ele olhando: tipo: e eu, não ganho presente não? Com 1 ano de idade deveria eu cobrar dele entendimento que aquelas coisas se tratavam de adornos femininos e que, portanto ele não tinha direito? Não eu, coloquei uma presilha no cabelo dele também e depois que ele esqueceu, tirei. Alguns pais jamais aceitariam tal situação. Meu marido mesmo não é muito feliz e nem concorda comigo totalmente em relação a estas questões, mas acredita que eu estou certa e por ora está permitindo que eu tenha o controle da situação sem maiores intervenções. rsrsrs

Até citei uma situação também anteriormente que serve de exemplo pra esse assunto: no período de adaptação das crianças na escolinha, existiram momentos em que as meninas iam pra aula de ballett e os meninos ficavam na classe fazendo atividade com a tia. Eles estavam se ADAPTANDO como o nome mesmo diz a nova situação, novo ambiente, novas pessoas, separação da mãe, da casa e ainda por cima eu ia obrigar que fizessem distinção de sexos e separasse Rodrigo das irmãs porque ballett é coisa de menina? Então não seria eu. Primeiro porque ballett NÃO é coisa de menina e segundo porque ele não sabe o que é ballett, é uma dança e ele adora dançar.

No momento certo ele mesmo iria perceber que apenas as meninas fazem ballett e os meninos brincam de carrinho e optaria por brincar de carrinho que "é mais maneiro". Mas isso no momento certo e escolhido por ele. Acho inclusive que ele nem vai mais às aulas de ballett e na apresentação, se apresentaram apenas as meninas e ele não se incomodou.

Lembro que já maiorzinhos, quando eu enfeitava o cabelo das meninas, já não mais colocava adereços no cabelo dele, mas meu argumento não fazia referência ao sexo. Apenas dizia que ele cortou o cabelo e que cabelo cortado não precisava de enfeites. Eu falava: "Didigo foi no salão e o moço cortou o cabelo lembra? Suas irmãs não, então elas precisam prender o cabelo, o seu não, que já tá cortado, arrumado e lindo!". Também não sou daquelas que alimenta tudo como sendo natural, sei que há diferenças, apenas vou aplicando quando achar que já há entendimento para tal ou se achar que a situação trará prejuízo para eles. Lembrando que tudo explicado e não simplesmente imposto: AZUL é de menino e ROSA é de menina e ponto! Quem determinou isso?

Sei que depois que eles entraram na escolinha, alguém disse a eles e eles aceitaram que algumas coisas são de meninas apenas. Já que já foi dito e aceitado, eu confirmo. Exemplo: pintar unha e passar batom. Mas então pra que diabos serve ser menino então? Nesse exato momento ele não tá tendo vantagem nenhuma com sua condição e portanto, evito tais comparações. Não sei como vocês agem. Deixo minha dica e aceito complementações. Tenho certeza que muitas mães vão se identificar com o post, vão comentar e muitas usufruir das dicas que serão somadas.

Beijos e até breve!

P.S.: Para os que nos acompanham e estão curiosos com a surpresa que prometi no último post é o seguinte. Na mesma semana que minha empregada me informou que não mais poderia vir aos sábados, antes mesmo que eu começasse minhas buscas pela sua substituta, minha antiga empregada, a que iniciou comigo na Bahia antes mesmo de as crianças nascerem, veio comigo para o Rio até que eu me estabilizasse e voltou pra Bahia em agosto, veio ao Rio à passeio e resolveu prolongar essa estada e vai voltar a trabalhar conosco. Nada melhor que alguém que já conhecemos, confiamos e melhor ainda, conhece, gosta muito e cuidou dos nossos filhos. Sou ou não sou sortuda? Energia positiva atrai o positivo e graças a Deus, a forma como eu levo a vida, têm feito ela se desenrolar da melhor forma possível pra nós. Só tenho a agradecer.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Tudo Junto

Estou devendo notícias faz tempo não é? Não darei as desculpas manjadas como falta de tempo, pois apesar de estar bastante assoberbada ultimamente, sempre achamos um tempinho. Mas eu estava cansada mesmo e aí, pelo menos comigo, nem rola disposição pra nada. Nem pra bater papo, mesmo que escrito! rsrs

As crianças estão bem, com gracinhas diárias e agora com garganta inflamada. Nada que mãe já não esteja acostumada. É ministrar antibiótico e contar os dias para acabar. A última gracinha que eu me lembro foram eles (principalemente a Luisa) imitando os animais. Um dia desses a Luisa começou no carro: "Mãe, o macaco faz uú, aá". Eu que estava dirigindo no caminho da escolinha, com horário pro trabalho, de manhã ainda com tico e teco preguiçosos, não entendi. De tarde, ao buscá-los ela repetiu e continuou: o auau faz: "áuáu" e eu então, comecei a testar até onde iam seus conhecimentos dos animais. rsrs E perguntei e o gatinho filha, como faz? Ela respondeu "miau" e nisso os outros dois já estavam lá falando e repetindo ao mesmo tempo o som dos animais. Um verdadeiro zoológico e uma farra dentro do carro! kkk E nisso foi o macaco, o cachorro, o gato, o leão, o passarinho e sei lá mais o que.

Outra nova não muito boa foi que minha empregada, totalmente excelente, não pode mais trabalhar aos sábados (e olha que ela ia, mas ia embora 13h) e como eu trabalhos aos sábados agora, fica o pobre coitado do pai sozinho por 7h sem nenhum tipo de assistência. Ela não ajudava com as crianças, mas deixava a casa em ordem, fazia a comida e servia ele, arrumava a cozinha e depois saía. As crianças dormem depois do almoço e logo logo eu estava em casa, coincidia com o horário que elas acordavam, tudo cronometrado, mas agora FORA DA ORDEM! Mas como eu me considero iluminada, mais uma coisa aconteceu em seguida desta novidade, que eu vou acertar hoje e só depois conto pra vocês. Ao que me parece, caiu do céu a solução para este problema, que ao meu ver, não poderia ser melhor. SEGREDO!

Como estamos falando de tudo, o que foi aquela mãe de Taubaté? Gente fiquei passada, sem palavras mesmo. Constrangido pela situação, mas tem doido pra tudo. Deve haver uma explicação e não cabe a nós julgar, mas que causa espanto, ô se causa!

No mais é isso aí: essas crianças pensam que são gente grande: já escolhem roupas e acessórios, pedem batom e pintar unha! Afff. "Peruisse" Esporte Clube. Bem que tiveram a quem puxar. É um tal de "Ête não e ête atí" que é uma beleza! Um dia desses eu coloquei uma tiara (arco, passadeira...) na cabeça da Luisa e outro no da Natália, combinando com suas respectivas roupas e Luisa retrucou: "Ête não mãe" Eu tentei convencer que aquele era da cor do vestido dela e que estava lindo e ela respondeu "Téio da Taruga" (quero o da tartaruga) e eu disse que não tinha, que era aquele e pronto e ela disse: "tá na pia mãe" e foi caminhando em direção ao banheiro, apontou pra cima da pia, onde tem uma caixa que eu guardo TODOS os arcos e então eu não pude fazer nada, tinha sim um arco da tartaruga e foi aquele que ela usou naquele dia. Eu mereço.

O Rodrigo não pede batom nem acessórios pois é "coisa de menina" e ele já sabe e nem questiona. Não era assim que eu queria explicar. No comecinho eu dava outras explicações pra ele ter tratamento diferente, mas foram esgotando as alternativas e eles mesmos vieram com essa explicação (devem ter aprendido na escola) e como aceitaram, eu deixei. Mas que não é o mais certo, ainda acho que não é. O pai mesmo falou uma coisa: Ele deve achar que ser menino é
uma merda, pois não pode nada (pois ele tem as irmãs pra comparar e está sempre em desvantagem). Não pode brinco, não pode batom, arco, vestido, blá blá blá. Como já me estendi muito nesse post e mudei de assunto muitas vezes, vou deixar esse tema pra depois, pois acho que deve ser algo recorrente para nós mães de múltiplos de sexos diferentes termos que lidar.

Beijos para todos e espero administrar melhor meu tempo e ficar menos cansada pra dividir mais as novidades sem ficar ausente tanto tempo como dessa vez. Bom fim de semana pra todos.



quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Ganhar dindin

Minha gente, ser mãe é mesmo uma maravilha né? Acompanhar o desevolvimento dos filhos então é uma realização. Esse meu povo aqui anda assimilando tudo o que se passa ao redor e ainda por cima reproduz.

Eles sempre se acostumaram com o pai trabalhando, perguntavam pelo pai e a gente dizia que tava trabalhando. Quando eu comecei a trabalhar, eles relutaram mais em aceitar, pois não era comum. As vezes a Natália dizia: "Mamãe baiar não!". Depois foram se acostumando e um belo dia eu falei, como se tivesse convencendo que trabalhar era uma coisa boa, "mamãe vai trabalhar, vai ganhar dindin e assim pode comprar brinquedo pra Luisa, Natália e Rodrigo" e pronto. Não sei se porque interessava a eles essa história, eles absorveram a informação e agora dizem a todos que "m a m ã e s a i u p r a t r a b a l h a r, g a n h a r d i n d i n e c o m p r a r p r e s e n t e". Não sei se o que senti com essa reprodução foi extremo orgulho pela inteligência ou vergonha pelo que foi ensinado. kkk Agora eles perguntam: " Cadê Papai?" A gente diz: "tá trabalhando" e a Luisa prontamente devolve: "pra ganhar dindin né mãe?" ó céus.

Outra coisa impressionante que a Luisa fez ontem que tem a ver com essa inteligência que me referi anteriormente. Ontem ela perguntou pra mim: " Mãe cadê ôta vovó?" (o outra vovó já é interessante, pois ela deixou claro que não é aquela que ela vê sempre, ela estava se referindo à minha mãe) e eu disse, tá em Salvador filha, bem longe e ela falou imediatamente: "Tem di pedar vião, mãe?". Meu Deus, lugar longe tem que pegar avião ou ela lembrou que viu a avó no início do mês, depois te termos viajado de avião? Bom, qualquer que seja a associação que ela fez, não deixou de ser fascinante pra mim o raciocínio que esse pequeno ser de 2 anos e 4 meses foi capaz de fazer!

Aiai minha gente. Eu não sou o Mac Donalds, mas amomuitotudoisso! Essa semana TiNanda tá dando duro aqui e os afazeres estão menores pra mim, é muito bom ter ajuda hein? Sábado ela está indo, para nossa tristeza, mas quem sabe ela não tenha gostado tanto e resolva vir morar aqui?

Vou indo, tenho que trabalhar, mas vim compartilhar as últimas com vocês porque eu não podia deixar passar batido essas gracinhas desse meu povo!

P.S.: Outra da Luisa: manda ela cantar e ela começa: "Dilisha, dilisha (delícia, delícia), ai ai ai ai (ai se eu te pego...). Onde ela aprendeu eu não sei, mas agora que já aprendeu, estamos incentivando. kkkkk