Como citei no post anterior, nós mamães de filhos da mesma idade e diferentes sexos, temos mais um impasse na educação: como separar os sexos sutilmente? Acho errado simplesmente fazer algo pra um e justificar para o outro que este não pode por ser do outro sexo. Mesmo porque pequeninos eles não sabem o que significa ser menino ou menina. A maldade está em nossas cabeças (dos adultos).
Interessante é que li recentemente uma reportagem falando de um casal britânico que criou seu filho como sendo de um "sexo neutro" para não impor leis da sociedade pra ele e revelaram o "segredo" do sexo do menino após 5 anos, após o mesmo ingressar na escola...
Fala sério, desculpa a força de expressão e minha ousadia em querer avaliar a situação, mas assim também pra mim é maluquice! Eu aqui não vestia Rodrigo como menina nem vice-versa, mas também não o repreendia em situações em que ele participava com as irmãs de brincadeiras até então rotuladas de coisas de meninas. Exemplo: nunca comprei uma boneca pra ele, mas nunca o repreendi quando pegava alguma da irmã que estava na caixa de brinquedo e colocava pra dormir, assim como faziam as irmãs e nós mesmo com eles. Pelo amor de Deus, ele tinha menos de 1 ano, ao invés de discernir diferenças sexuais, a criança ficaria frustrada.
Um dia comprei uma porção de enfeites de cabelos para as meninas e nada pra ele e cheguei em casa fazendo a festa e ele olhando: tipo: e eu, não ganho presente não? Com 1 ano de idade deveria eu cobrar dele entendimento que aquelas coisas se tratavam de adornos femininos e que, portanto ele não tinha direito? Não eu, coloquei uma presilha no cabelo dele também e depois que ele esqueceu, tirei. Alguns pais jamais aceitariam tal situação. Meu marido mesmo não é muito feliz e nem concorda comigo totalmente em relação a estas questões, mas acredita que eu estou certa e por ora está permitindo que eu tenha o controle da situação sem maiores intervenções. rsrsrs
Até citei uma situação também anteriormente que serve de exemplo pra esse assunto: no período de adaptação das crianças na escolinha, existiram momentos em que as meninas iam pra aula de ballett e os meninos ficavam na classe fazendo atividade com a tia. Eles estavam se ADAPTANDO como o nome mesmo diz a nova situação, novo ambiente, novas pessoas, separação da mãe, da casa e ainda por cima eu ia obrigar que fizessem distinção de sexos e separasse Rodrigo das irmãs porque ballett é coisa de menina? Então não seria eu. Primeiro porque ballett NÃO é coisa de menina e segundo porque ele não sabe o que é ballett, é uma dança e ele adora dançar.
No momento certo ele mesmo iria perceber que apenas as meninas fazem ballett e os meninos brincam de carrinho e optaria por brincar de carrinho que "é mais maneiro". Mas isso no momento certo e escolhido por ele. Acho inclusive que ele nem vai mais às aulas de ballett e na apresentação, se apresentaram apenas as meninas e ele não se incomodou.
Lembro que já maiorzinhos, quando eu enfeitava o cabelo das meninas, já não mais colocava adereços no cabelo dele, mas meu argumento não fazia referência ao sexo. Apenas dizia que ele cortou o cabelo e que cabelo cortado não precisava de enfeites. Eu falava: "Didigo foi no salão e o moço cortou o cabelo lembra? Suas irmãs não, então elas precisam prender o cabelo, o seu não, que já tá cortado, arrumado e lindo!". Também não sou daquelas que alimenta tudo como sendo natural, sei que há diferenças, apenas vou aplicando quando achar que já há entendimento para tal ou se achar que a situação trará prejuízo para eles. Lembrando que tudo explicado e não simplesmente imposto: AZUL é de menino e ROSA é de menina e ponto! Quem determinou isso?
Sei que depois que eles entraram na escolinha, alguém disse a eles e eles aceitaram que algumas coisas são de meninas apenas. Já que já foi dito e aceitado, eu confirmo. Exemplo: pintar unha e passar batom. Mas então pra que diabos serve ser menino então? Nesse exato momento ele não tá tendo vantagem nenhuma com sua condição e portanto, evito tais comparações. Não sei como vocês agem. Deixo minha dica e aceito complementações. Tenho certeza que muitas mães vão se identificar com o post, vão comentar e muitas usufruir das dicas que serão somadas.
Beijos e até breve!
P.S.: Para os que nos acompanham e estão curiosos com a surpresa que prometi no último post é o seguinte. Na mesma semana que minha empregada me informou que não mais poderia vir aos sábados, antes mesmo que eu começasse minhas buscas pela sua substituta, minha antiga empregada, a que iniciou comigo na Bahia antes mesmo de as crianças nascerem, veio comigo para o Rio até que eu me estabilizasse e voltou pra Bahia em agosto, veio ao Rio à passeio e resolveu prolongar essa estada e vai voltar a trabalhar conosco. Nada melhor que alguém que já conhecemos, confiamos e melhor ainda, conhece, gosta muito e cuidou dos nossos filhos. Sou ou não sou sortuda? Energia positiva atrai o positivo e graças a Deus, a forma como eu levo a vida, têm feito ela se desenrolar da melhor forma possível pra nós. Só tenho a agradecer.