terça-feira, 9 de novembro de 2010

Telefonando


Desde Junho que eles começaram a "atender" o telefone por aqui. Não podia tocar o celular, ou o telefone mesmo e eles colocavam a mão na orelha e diziam: "ah?" Começou com Luisa, mas os outros dois logo deram continuidade.

A dinda Analú deu um telefone que toca, vibra e é todo colorido então, aí é que eles colocavam na orelha mesmo. Eu achava bonitinho como ela colocava certinho! Até que o telefone de brinquedo passou a não interessar mais. Eles só queriam meu celular. Parece que sabiam que aquele não funcionava! Esse ano eu devo ter perdido uns 3 celulares para as babas (baba de babar mesmo). Pifaram vários e o último, Rodrigo arrancou umas teclas com os dentes. Fração de segundos, eu deixo o celular em algum lugar e acho faltando um pedaço.
Mas não é sobre isso a postagem. Hoje queria falar que de fato, a turminha entende que o telefone é um meio de comunicação. Eu sempre que atendia o telefone, se não fosse algo importante, se fosse meu pai, ou Roberto, ou minhas tias, eu colocava no viva-voz e pedia que eles falassem com as crianças pois elas me viam falando no telefone e queria que elas entendessem e participassem. Mas hoje foi especial. Papai está viajando desde ontem a trabalho e só volta amanhã. Eles não sabem o que é viajar e nem sofrem com esta ausência ainda, mas é claro que eles sentem falta de algo que eles não conseguem definir ainda. Tanto que há meses eles não acordam de noite e acordam às 8 de manhã e esta noite, que o pai não os colocou para dormir e não esteve aqui o dia todo, eles acordaram bastante e as 6 da manhã já estavam os três acordados.

Roberto me ligou às 7 e eu pedi que falasse com todos. Natália ficou numa euforia e até bateu palma. Rodrigo ficou tirando telefone do ouvido e Luisa tinha dormido novamente. As 18 papai ligou de novo, era hora do jantar e todos estavam comendo. Pedi que falasse com cada um novamente e dessa vez Luisa respondeu com o dialeto dela, apontou a barriga em resposta à pergunta do pai, ficou felizona e quando eu tirei o telefone do ouvido me pediu novamente. Natália ouviu atentamente ao pai, mostrou a barriga e deu tchau para o "telefone" e Rodrigo prestou muita atenção para o que o pai falava.


Mais tarde, quando eu citei o pai em outra conversa, Luisa apontou o telefone, pedindo para colocar no ouvido dela. Ela já entendeu que dessa forma ela achava o pai dela que não estava ali presente. Fiquei super feliz. Boba mesmo, coisa de mãe, mãe com saudade então é ainda mais besta e fiquei emocionada. Se pudesse eu passava a noite toda falando com Roberto e deixando que eles escutassem sua voz... Mas é melhor não, isso aumentou minha saudade e talvez chame atenção para a ausência do pai... Mas é isso, meus bebês estão crescendo, se comunicando e aprendendo...

6 comentários:

Uli disse...

Que gracinhas Paola! Uma vez vi um psicólogo sendo entrevistado, e ele falava justamente sobre isso. As vezes a criança demora um pouco pra falar (como aqui) ainda estão nas mesmas palavrinhas de sempre, mas que o importante mesmo é saber se eles entendem as coisas. Daí vc vê que mesmo sem saber falar ainda, o seu trio compreendeu tudinho e ainda respondeu do jeitinho deles...rsrsrs
Muito legal isso!

Anônimo disse...

Trio antenado!! Que graça!! Tem video dessa cena?

Bjo do dindo Beto

Taís disse...

Paola e Roberto,

Parabéns pelos filhos lindos! Tenho gêmeos (2 meninos) de 6 meses e adoro ler sobre as experiências dos outros pais. Acho q nos motiva a fazer as coisas, a sair, passear e viajar sozinhos com os babies. Acabei de passar 2 horas lendo seu blog td e amei!!! Vcs são 2 guerreiros! Tb sou de Salvador e vivo indo para shoppings, pois quase que não temos onde passear aqui... Parabéns mesmo!!! Vou te mandar um email depois, pois adoro saber dicas de mamães de multiplos e lugares para irmos aqui em SSa...
Mts bjs e td de bom para vcs 5!
Taís Siqueira

Unknown disse...

Sentirei falta dos trisobrinhos, quando mudarem, mas sempre darei um jeito de velos. Bjus
Tia Solange Aragão

Paola disse...

Obrigada Tai pelo carinho e a idéia é essa mesmo, dizer que o fato de sermos mãe não impede de continuarmos vivendo né? eu e roberto amamos sair, sempre o fizemos e para o bem geral da família continuaremos. o que não faltam são voluntários para ajudar.

Anônimo disse...

A distancia pessará para todos nós que adoramos esse trio.

Beijos e fiquem com Deus