Quinta-feira última (13.10) levei o trio ao pediatra para consulta de rotina. Antes de começar a avaliação dele, exame clínico, pesos e medidas, ele me pergunta o que tenho a dizer sobre a criança (pois apesar de irmos em mutirão, falamos de um apenas por vez pra não confundir. rsrs). Minha única queixa do momento foi o fato de Natália não querer almoçar de jeito nenhum e eu já estar exausta de implorar, correr atrás, tentar negociar, bla bla bla.
Ele ouviu pacientemente mas assim que terminei ele respondeu: tá errado, você não tem que correr atrás, implorar, se desgastar com esse assunto: Orientou que eu oferecesse a comida e dar enquanto ela aceitar. Se ela não quiser, retiro e pronto. SEM SUBSTITUIÇÕES. Na próxima refeição ela mata a fome e na segunda ou terceira vez, ela entenderia que só tinha aquela opção. (Eu não disse nada, mas na hora mesmo lembrei que tivemos essa mesma instrução do nosso veterinário quando nosso primeiro cachorro passou uns tempos escolhendo ração... essa comparação me fez achar estranho e engraçado ao mesmo tempo).
Ele continuou investigando e perguntou o que eu dava na mamadeira pela manhã e eu informei que dava leite Ninho 1+ com alguma farinha e quando ela acordava mais tarde eu colocava o leite com um achocolatado. E perguntou também se ela apresentava desinteresse nas outras refeições e eu disse que não, que lanche ela comia até demais. Então ele continuou: Tá tudo errado, tira tudo. Nem farinha nem chocolate. Você, a partir de agora oferecerá leite puro e menos concentrado. Se o normal é fazer 200 ml com 2 colheres de sopa, você vai diluir 2 colheres de sobremesa rasas em 200 ml de leite... e o desjejum será esse. Na hora do almoço ela estará com fome. E pra completar suas instruções, ele justificou: Eu não vou receitar nenhum estimulante de apetite pra essa mocinha pois o problema aqui não é FALTA DE APETITE, É EXCESSO DE VONTADE.
Minha filhinha querida, perdoe por sua mãe está rindo de sua cara nesse momento, mas ADOREI a explicação do médico. Ele disse de forma simples o que eu pensava mas não sabia dizer. CONCORDO em gênero, número e grau. Só não pensava na estratégia de fazer do leite um refresco e diminuir a quantidade, faltou em mim a idéia do requinte de crueldade, mas no dia seguinte já coloquei em prática e funcionou. Sexta ela comeu MUITO BEM, sábado e domingo melhorzinho, menos que na sexta, mas pelo menos está aceitando.
O motivo dessa publicação foi trazer notícias do trio para os que nos curtem e trazer à tona esse tema da alimentação, pois sei que ESSA fase específica de 2 anos, eles passam a ter vontades, a desenvolver preferências, a expor o que quer e não quer e o paladar é um dos primeiros a se manifestar e nos endoidar! rsrsrs Não é de hoje que vejo mães desesperadas porque seus filhos não comem. E apelam pra tudo pra "inchar" seus pequenos. Eu nunca fui dessas. Nunca me preocupei com isso pois sei que eles comiam bem e acabavam compensando uma refeição na outra. Afinal, tem dias e dias e humor e humor, disposição pra tudo acontece igual, nem sempre temos disposição pra comer. Minha preocupação não era com subnutrição pois não é nem preciso de balança pra dizer que meus filhos não estão abaixo do peso. Mas ultimamente ela não comia nem 1 colher sequer e eu estava cansando de implorar. Minha queixa maior era do desgaste.
Bom, estou executando, até então está funcionando, se alguém por aí se identificar em situação parecida, consulte o pediatra que acompanha o seu filho e vê se o caso é o mesmo e de repente, arrisca a experiência. ;-)
8 comentários:
A dica do seu pediatra foi perfeita.
Adorei seu blog, estou te seguindo. Visite o meu também. :-)
Beijo e boa semana,
Roberta, mãe dos gêmeos Rute e Miguel
Oi Paola,
Aqui foi amesma coisa quando chegaram aos dois anos e a nossa conduta foi a mesma, sem estresse e sem substituições, até entenderem que ou era aquela refeição ou só na próxima, aprendi três coisas importantes neste quesito alimentação: casa onde tem comida, criança não passa fome; quem diz quando e o que comer é o adulto e temos que dar o exemplo: refeiçoes na mesa.
Beijos,
Rose, mãe de Cecília e Luísa
Poca, minha mama diz sempre: "criança não morre de fome". Hehehehehe.
Me acabei de rir com a definição do médico sobre minha afilhada! rs Excesso de vontade é a cara dela realmente. Dona de uma personalidade forte, sempre manifestou suas preferencias desde cedo. Fico feliz que as experiências sugeridas pelo pediatra estejam dando certo amiga! Alimentação é um quesito importantíssimo e irá determinar muita coisa na vida deles. Já dizem por ai, somos aquilo que comemos. Eu era muito chata para comer até os 9 anos +-, meu pai comprou essa guerra e no final venceu, hoje como muito bem. Um grande bjo em vcs, a saudade já bateu :*
rsrsrs Pois é meninas. Tem os que me olham torto quando conto minha conduta, mas como em tudo que faço, investigo, decido e sigo. Pouco me lixando com terceiros. Desculpa a rebeldia. rsrs
Roberta procurei seu blog e não achei. Rose, início do ano que vem estamos na terrinha e Marlinha: sua mãe é o máximo! Aninha, estamos com muitas saudades tb!
Tbm acho seu pediatra bem coerente...lógico que o leite ralo deve ser provisório pq criança precisa de leite, mas a estratégia é essa mesma...faz todo sentindo. Tbm aprendi assim e aplico isso desde sempre...nunca substituí nada. Minha sogra fica boba como o trio raspa os pratos e eu sempre digo, pq aqui quem não come tudo não ganha a sobremesa e ainda tem que esperar sem nada até as 15:30h Ela é uma que me olha torto! hahahah Como aqui isso não é normal, hj em dia quando eles falam que não querem mais eu até negocio um pouco pq provavelmente é dente, garganta inflamada, alguma coisa mais séria.
Oi ... estava dando uma volta nos blogs e encontrei o seu! Achei uma graça...
Adorei o post, o meu filho tbm tem 2 anos e em casa é dificil de comer, acho q o problema sou eu! Já me disseram para fazer isso, qdo ele não quiser comer para não insistir, mas eu sempre fico com dó e dou outra coisa para ele comer!
Seu blog já esta nos meus favoritos!!!! Bjus
Obrigada Lud, seja Bem vinda e Boa sorte com seu pequeno.
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