sábado, 19 de fevereiro de 2011

"Ela só quer, só pensa em Passear..."

Há quem chame de coragem, outros chamam de maluquice, seja como for, eu encaro meus desafios como uma eterna aventura.

Todo fim de semana eu e meu marido levamos o trio para passear, isso é desde sempre, porém, por mais que nossa casa seja grande, os brinquedos diversos e eles múltiplos, percebemos a neceessidade deles em explorar um mundo novo, gastar energia, interagir com terceiros (na verdade quartos, quintos e por aí vai).

Eles andavam muito reclamões, facilmente "aborrecíveis" e brigando mais que o normal. Minha solução: R U A. Simples assim, sem arrumações, preparativos e planejamentos. Pequenos trechos, saídas rápidas, só pra variar.

Passeios curtos, mas fora de casa. Exemplo: Dia sim, dia não compro legumes num hortifruti perto de casa, mas longe o suficiente pra ir de carro. Levo um, dois (os que estiverem acordados) e um dia levei até os três. Só não consegui escolher muito os legumes, mas fiz as compras e eles se distraíram colocando e tirando limão do saco.

Outro dia não quis fazer almoço, fui num restaurante também aqui perto, restaurante de rua, levo minhas vasilhas e trago a comida pra casa. Ela já me conhece e faz o que gosto. Um dia levei os três comigo. ENGRAÇADÃO. kkk

Problema foi que Rodrigo começou a dar escândalo quando voltava para casa. E então meu objetivo ia por água abaixo: ele se estressava mais. Desisti de levá-los para passeios curtos. Ele gosta de demorar na rua. Vai me dar trabalho quando crescer.

Um dia desses ele dormiu 10h, eu previa 1 hora de cochilo aproximadamente, deixei a Ana arrumando a casa e arrumei as duas e levei comigo para a padaria e depois num pet shop comprar a ração dos cães. Elas se comportam muito bem na rua e nesse dia foi ótimo pois fomos e voltamos e Rodrigo ainda dormia. Nem viu que a gente saiu e eu não senti remorso.

A mais nova aventura foi ontem. kkk Não duvido nada se nós aparecermos por aí estampada em alguma capa de jornal. Imagino o que as pessoas não devem ter falado. Engraçado e triste julgar sem conhecer o contexto, mas quer saber? Tô nem ligando e quando ligo, não esquento! kkk

Ontem eu tinha de buscar minha sogra, sogro e tia Di no aeroporto 12h. Pensei e tive a brilhante idéia de levar os três. Aeroporto parece shopping, eles iam se amarrar, faríamos uma surpresa para os avós e ainda almoçaríamos por lá.

O único empecilho é que não poderia levar as babás senão não teria espaço para os avós que iríamos buscar. Decidir ir só. Tenho feito isso com frequência e eles se comportam bem na rua. Antes de sair do carro eu falo duramente: "NA RUA É DE MÃO DADA!". Basta isso e eles sossegam. Estacionei em vaga preferencial para idoso e avisei ao pessoal do aeroporto que eu estava só com três crianças e ainda estaria pegando três idosos no aeroporto, por isso estava usando a vaga. Então o carro ficou próximo à entrada do aeroporto. Tirei um por um e dei a mão aos três. Dois em uma mão e outro na outra. Andamos a passos de tartaruga, mas fomos felizes.

Percebi pescoços nos acompanhando, mãos em frente à bocas naquele gesto de cochicho, quando não ouvia mesmo os comentários abertamente: "será que são irmãos?", "são trigêmeos", "não, tem um menino", "ela deve estar vindo buscar o pai", "não sei como ela não enlouqueceu ainda". kkk De repente eu já enlouqueci só por estar ali, quem sabe? Fato é que me divirto com as especulações. Acho que é por isso que levo numa boa e ainda não enlouqueci. Porque não me desespero, porque curto cada momento de meus filhos e fecho os olhos para o trabalho, pois a alegria que eles me proporcionam compensam qualquer trabalho que possam dar. Mas nem todo mundo leva a vida na esportiva e transformam um buraco na estrada em uma barreira instransponível ao invés de fazer uma curva e trilhar um novo caminho além da linha reta... Sinto muito por esses.

Resumo da ópera: Cheguei cedo no aeroporto e mudei meus planos para não esperar muito e entediar as crianças. Subi com eles para a praça de alimentação, pedi a comida deles, dei comida a eles e exatamente quando terminamos, foi a hora que os avós chegariam. Descemos sem pressa para o setor de desembarque, fui para um canto perto de uma parede, pois tava muito cheio e assim limitaria um pouco os cantos para eles correrem e eu não dar conta. Eles acharam uma criança pra brincar e ficaram correndo em círculo os quatro numa felicidade só! Os avós chegaram, fomos para casa, deixamos eles lá, já dormindo, e fomos almoçar só os adultos: final da história: voltamos para casa inteiros, contentes e satisfeitos, fizemos a surpresa para os avós, eles gastaram energia e ao chegarem em casa dormiram de 13 às 15, só acordando para o lanche.

O bom é que no final minhas maluquices dão certo. E eu continuo minha teoria e estilo de vida: " Ela só quer, só pensa em passear".

5 comentários:

Adriana Barretto Bomfim disse...

q legal q vc leva a vida numa boa!
só me diz uma coisa,como cabem 3 cadeirinhas de bb num carro?
bj

Trimãe Paola disse...

Hahaha num carro grande cabem as tres tranquilo. E mais ninguem atras, logico. Equivale a tres adultos.

emmibi disse...

Mulheeer. Vc tá muito "saidinha". Heheheh. Adorei, tem que se jogar mesmo! Bjoss

Uli disse...

achei que eu já tivesse comentado aqui..aff!
Mas vc é corajosa deeeeemais! Vc tem que vir pra cá logo pra eu aprender com vc. hahaha
tenho tanto pavor em sair com mais de um que ontem levei o Samuel pra cortar cabelo, fui em casa deixar ele e peguei o Daniel...hahaha Um de cada vez.
Mil bjs!

Ana Luisa disse...

Oi amiga, acho admirável e maravilhoso o seu jeito de criá-los, de se divertir com eles e nunca se desesperar! Sempre repito que Deus sabia bem o que estava fazendo quando te deu essa tarefa, que é um grande presente.
Beijo enorme, da Dinda