Há quem chame de coragem, outros chamam de maluquice, seja como for, eu encaro meus desafios como uma eterna aventura.
Todo fim de semana eu e meu marido levamos o trio para passear, isso é desde sempre, porém, por mais que nossa casa seja grande, os brinquedos diversos e eles múltiplos, percebemos a neceessidade deles em explorar um mundo novo, gastar energia, interagir com terceiros (na verdade quartos, quintos e por aí vai).
Eles andavam muito reclamões, facilmente "aborrecíveis" e brigando mais que o normal. Minha solução: R U A. Simples assim, sem arrumações, preparativos e planejamentos. Pequenos trechos, saídas rápidas, só pra variar.
Passeios curtos, mas fora de casa. Exemplo: Dia sim, dia não compro legumes num hortifruti perto de casa, mas longe o suficiente pra ir de carro. Levo um, dois (os que estiverem acordados) e um dia levei até os três. Só não consegui escolher muito os legumes, mas fiz as compras e eles se distraíram colocando e tirando limão do saco.
Outro dia não quis fazer almoço, fui num restaurante também aqui perto, restaurante de rua, levo minhas vasilhas e trago a comida pra casa. Ela já me conhece e faz o que gosto. Um dia levei os três comigo. ENGRAÇADÃO. kkk
Problema foi que Rodrigo começou a dar escândalo quando voltava para casa. E então meu objetivo ia por água abaixo: ele se estressava mais. Desisti de levá-los para passeios curtos. Ele gosta de demorar na rua. Vai me dar trabalho quando crescer.
Um dia desses ele dormiu 10h, eu previa 1 hora de cochilo aproximadamente, deixei a Ana arrumando a casa e arrumei as duas e levei comigo para a padaria e depois num pet shop comprar a ração dos cães. Elas se comportam muito bem na rua e nesse dia foi ótimo pois fomos e voltamos e Rodrigo ainda dormia. Nem viu que a gente saiu e eu não senti remorso.
A mais nova aventura foi ontem. kkk Não duvido nada se nós aparecermos por aí estampada em alguma capa de jornal. Imagino o que as pessoas não devem ter falado. Engraçado e triste julgar sem conhecer o contexto, mas quer saber? Tô nem ligando e quando ligo, não esquento! kkk
Ontem eu tinha de buscar minha sogra, sogro e tia Di no aeroporto 12h. Pensei e tive a brilhante idéia de levar os três. Aeroporto parece shopping, eles iam se amarrar, faríamos uma surpresa para os avós e ainda almoçaríamos por lá.
O único empecilho é que não poderia levar as babás senão não teria espaço para os avós que iríamos buscar. Decidir ir só. Tenho feito isso com frequência e eles se comportam bem na rua. Antes de sair do carro eu falo duramente: "NA RUA É DE MÃO DADA!". Basta isso e eles sossegam. Estacionei em vaga preferencial para idoso e avisei ao pessoal do aeroporto que eu estava só com três crianças e ainda estaria pegando três idosos no aeroporto, por isso estava usando a vaga. Então o carro ficou próximo à entrada do aeroporto. Tirei um por um e dei a mão aos três. Dois em uma mão e outro na outra. Andamos a passos de tartaruga, mas fomos felizes.
Percebi pescoços nos acompanhando, mãos em frente à bocas naquele gesto de cochicho, quando não ouvia mesmo os comentários abertamente: "será que são irmãos?", "são trigêmeos", "não, tem um menino", "ela deve estar vindo buscar o pai", "não sei como ela não enlouqueceu ainda". kkk De repente eu já enlouqueci só por estar ali, quem sabe? Fato é que me divirto com as especulações. Acho que é por isso que levo numa boa e ainda não enlouqueci. Porque não me desespero, porque curto cada momento de meus filhos e fecho os olhos para o trabalho, pois a alegria que eles me proporcionam compensam qualquer trabalho que possam dar. Mas nem todo mundo leva a vida na esportiva e transformam um buraco na estrada em uma barreira instransponível ao invés de fazer uma curva e trilhar um novo caminho além da linha reta... Sinto muito por esses.
Resumo da ópera: Cheguei cedo no aeroporto e mudei meus planos para não esperar muito e entediar as crianças. Subi com eles para a praça de alimentação, pedi a comida deles, dei comida a eles e exatamente quando terminamos, foi a hora que os avós chegariam. Descemos sem pressa para o setor de desembarque, fui para um canto perto de uma parede, pois tava muito cheio e assim limitaria um pouco os cantos para eles correrem e eu não dar conta. Eles acharam uma criança pra brincar e ficaram correndo em círculo os quatro numa felicidade só! Os avós chegaram, fomos para casa, deixamos eles lá, já dormindo, e fomos almoçar só os adultos: final da história: voltamos para casa inteiros, contentes e satisfeitos, fizemos a surpresa para os avós, eles gastaram energia e ao chegarem em casa dormiram de 13 às 15, só acordando para o lanche.
O bom é que no final minhas maluquices dão certo. E eu continuo minha teoria e estilo de vida: " Ela só quer, só pensa em passear".
5 comentários:
q legal q vc leva a vida numa boa!
só me diz uma coisa,como cabem 3 cadeirinhas de bb num carro?
bj
Hahaha num carro grande cabem as tres tranquilo. E mais ninguem atras, logico. Equivale a tres adultos.
Mulheeer. Vc tá muito "saidinha". Heheheh. Adorei, tem que se jogar mesmo! Bjoss
achei que eu já tivesse comentado aqui..aff!
Mas vc é corajosa deeeeemais! Vc tem que vir pra cá logo pra eu aprender com vc. hahaha
tenho tanto pavor em sair com mais de um que ontem levei o Samuel pra cortar cabelo, fui em casa deixar ele e peguei o Daniel...hahaha Um de cada vez.
Mil bjs!
Oi amiga, acho admirável e maravilhoso o seu jeito de criá-los, de se divertir com eles e nunca se desesperar! Sempre repito que Deus sabia bem o que estava fazendo quando te deu essa tarefa, que é um grande presente.
Beijo enorme, da Dinda
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