Entramos no avião na hora da mamadeira, pensei que ia dar o leite e eles dormiriam. Mais ou menos. Luisa logo no comecinho do leite vomitou. E olha que ela não é disso, mas acontece. Sempre eu falo que tenho que levar roupa extra não só para eles, mas para os adultos também mas na hora de levar eu esqueço por isso paguei pela minha incompetência ou má memória: fiquei vomitada o vôo todo e mesmo depois até chegar na casa da minha sogra. Mas continuando, as meninas dormiram o vôo todo, o avião não tava cheio e as poltronas vizinhas às nossas estavam vazias e aí deitamos elas. Rodrigou brigou um pouquinho para dormir, mas no final emplacou. Coisa é na aterrisagem. Ele SEMPRE sentiu dor no ouvido. E aí é aquele chororô. Eu morro de remorso. Afinal de contas eu que submeti eles a isso né? Se eles soubesse falar talvez me xingassem naquele momento de dor e cansaço.
Bom, como se não bastasse, chegamos no Rio quase 1h da manhã, pois lá está em horário de verão. Tomei banho, fizemos lanche, trocamos a roupa das crianças, demos mais uma mamadeira, mas eles estavam demasiadamente agitados com a novidade que foram dormir umas três da madrugada e nós, quase 4h! graças a Deus que eles acordaram quase 12h. Mas tudo é mudança da rotina: se acordam 12h querem o leite e aí não almoçam e aí vai... o primeiro dia foi bom, o segundo eles já estavam mais entediados. O terceiro foi um caos. Rodrigo acordou vomitando, vomitou umas três vezes de madrugada e de manhã e na vez da manhã o vômito foi um verde forte com rajadas de sangue. Como eu nunca passei por isso com eles, fui correndo para emergência. Graças a Deus não foi nada demais. O verde era suco gástrico e as rajadas de sangue era devido a agressão à mucosa com tantos vômitos seguidos: ele estava com inflamação na garganta: provavelmente sentindo dores na garganta, mal estar, de noite teve febre, ficou mole e então antibiótico e novalgina para dentro. Esse era nosso último dia da viagem e eu já estava imaginando como seria viajar com ele assim...
Bom, a viagem de volta começou pior que a ida: o atraso foi de uma hora e meia, eles já não estavam tão dispostos quanto na ida, mas ainda assim corriam para todos os lados. Dessa vez, com o atraso maior e o vôo mais tarde tive de dar a mamadeira antes de entrar no avião. Sentei no carrinho do aeroporto no meio do aeroporto e preparei as mamadeiras... Tomaram e pronto. Nada de dormir com tanto barulho e novidade. Enfim, o avião chegou. Dessa vez estava lotado e não tinha espaço para nada. Restou cada adulto pegar sua criança e se responsabilizar por ela. Apesar do transtorno maior com mais atraso e avião lotado, a viagem foi mais tranquila. Os três dormiram logo. Mas Rodrigo gemia de vez em quando principalmente na decolagem. Teve uma hora que ele chorou e eu achei que ele tinha acordado, então pedi a Roberto que desse a Novalgina a ele pois estava na hora e talvez ajudasse a diminuir a dor na aterrisagem mas na verdade ele havia apenas choramingado e ao tomar o remédio, engasgou e vomitou. Dessa vez o felizardo foi o avô, mas na volta, já calejada, eu levei roupa extra para os três adultos responsáveis.